Nossas Compulsões: Males da Vida Moderna!

Olá meninas, a gente tarda mas... nunca falha! 

Finalmente o post da nossa psicóloga estimada, Rô Correia.

Hoje ela vai falar sobre as compulsões e os males da vida morderna!

Boa leitura.

Por Rosângela Correia

Em 1936, Charles Chaplin, no seu filme "Tempos Modernos", já anunciava os males da sociedade moderna e do capitalismo. O "Vagabundo" seu personagem no filme, é um trabalhador de uma fábrica, que tem um colapso por trabalhar de forma quase escrava, repetitiva, alienante. É levado para um hospício, e quando retorna para a “vida normal”, para o barulho da cidade, encontra a fábrica já fechada.

Acham que esse filme tem alguma relação com a nossa vida atual? Tempos modernos... um filme de 1936, cheio de significados e muito ousado para a sua época, mas que representa bem a nossa vida atual.

Fiz referência a esse filme para faze-los refletir sobre o quanto, temos vivido em muitos momentos, uma vida alienante, repetitiva e vazia, como a do personagem do filme.

Temos trabalhado cada vez mais, estudado cada vez mais, estamos cada vez mais ocupados (e culpados) e temos cada vez menos tempo para a família, para os filhos, para os amigos, para os prazeres e para nós. Resultado: vemos cada vez menos sentido na vida que levamos e sentimos um vazio enorme dentro do peito.

Para tentar preencher um vazio que é interno, buscamos saída com recursos externos: as nossas compulsões, males da vida moderna!

Pense, quantas pessoas você conhece, que leva uma vida compulsiva. Compulsões por compras, por jogos, por drogas, por comida, por sexo... atos repetitivos que geram um "pseudo" alívio de um sentimento ou pensamento recorrente.

Tentamos mascarar e "esconder" um sentimento e aquilo que inicialmente era apenas uma "mania" inofensiva, bonitinha e até engraçada, se torna um "ritual" sem o qual não podemos viver e que começa a atrapalhar e interferir na nossa vida.

Mais uma vez eu falo sobre a necessidade de olharmos para dentro de nós. De darmos importância para as nossas emoções e os nossos pensamentos. De não tentarmos ser sempre fortes e inabaláveis.

O primeiro passo é reconhecer, parar de negar, dizendo para si mesmo que é “só hoje... amanhã eu começo a dieta”. Importante ainda é tentar compreender o sentido oculto do comportamento, o que de fato está se tentando “resolver sem resolver” e sempre, sempre procurar pela ajuda de um profissional competente.

Um grande beijo e até a próxima.